Sejam
pelas novelas, pelas músicas ou até mesmo pela chegada de um circo em nossa
cidade, sempre estamos cercados e às vezes até sem percebermos falando e
repercutindo bordões, são palavras ou frases chaves que alguém usa estrategicamente
como um amuleto vocábulo, sempre é inserido na sua fala no cotidiano.
Em Campo
Grande sempre estamos ouvindo e repetindo esses chavões, são frases de pessoas
públicas ou de populares comuns que marcaram épocas e a certo ponto alegraram
nosso dia dia, é esse um exímio costume sertanejo da nossa cultura popular,
geralmente carregados de teor humorístico com uma entonação muito típica e com
ela as demasiadas e inevitáveis gargalhadas das pessoas que as escutam.
Quem
nunca ouviu essas frases?: “Dia liiindo!”, “tchá tchá tchá, da-lhe 23!...”, “Seja
lá, o que Deus quiser!”, “o pior cego é aquele que num quer ver”, “metade
homem, metade bola”, “atenda esse telefone Babau!”, “né verdade pai?”, “eu vou,
você vai?”, “é na madeira, é na madeira”, são inúmeras as frases que marcaram
épocas na nossa terrinha, a época de campanha eleitoral é q que mas propicia
tal fenômeno, mas festa de Sant’Ana e eventos esportivos também costumam
produzir essas riquezas.
Até a
atividade comercial traz a tona essas alegres peripécias da língua português informal,
quem, “sorvete, delicioso sorvete, traga a vasilha, são oito bolas de sorvete
por um real”, essa é clássica, mas sempre surge uma nova, picolés, peixes, todo
tipo de mercadoria pode vir agregada com criativos vendedores ambulantes de
porta em porta com seus bordões criativos.
"Pamonha, canjica e milho" é o novo bordão que tá na moda em CG |
Nos últimos
tempos temos nos deparados com duas dessas propagandas com passagens assíduas
nas ruas de Campo Grande, o campo-grandense Maximino Eufrásio com seu “Natal
cap, Mega oeste, Rede da sorte, jogo do bicho...!” e outro vendedor esse vindo
do município de Paraú vendendo delícias a base de milho e eclodindo nas tardes
de nossa cidade estridentes gritos de “pamonha, canjica e milho!”. Em tempos de
tanto tempo dedicado ao facebook, boa pedida além de apostar na sorte e
saborear uma pamonha é atentar-se para as riquezas culturais do nosso cotidiano.
#IssoÉorgulhoDoSertão.
Pompílio Neto
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