sábado, 4 de maio de 2013

Bordões: palavras que movem nossas vidas


Sejam pelas novelas, pelas músicas ou até mesmo pela chegada de um circo em nossa cidade, sempre estamos cercados e às vezes até sem percebermos falando e repercutindo bordões, são palavras ou frases chaves que alguém usa estrategicamente como um amuleto vocábulo, sempre é inserido na sua fala no cotidiano.

Em Campo Grande sempre estamos ouvindo e repetindo esses chavões, são frases de pessoas públicas ou de populares comuns que marcaram épocas e a certo ponto alegraram nosso dia dia, é esse um exímio costume sertanejo da nossa cultura popular, geralmente carregados de teor humorístico com uma entonação muito típica e com ela as demasiadas e inevitáveis gargalhadas das pessoas que as escutam.

Quem nunca ouviu essas frases?: “Dia liiindo!”, “tchá tchá tchá, da-lhe 23!...”, “Seja lá, o que Deus quiser!”, “o pior cego é aquele que num quer ver”, “metade homem, metade bola”, “atenda esse telefone Babau!”, “né verdade pai?”, “eu vou, você vai?”, “é na madeira, é na madeira”, são inúmeras as frases que marcaram épocas na nossa terrinha, a época de campanha eleitoral é q que mas propicia tal fenômeno, mas festa de Sant’Ana e eventos esportivos também costumam produzir essas riquezas.

Até a atividade comercial traz a tona essas alegres peripécias da língua português informal, quem, “sorvete, delicioso sorvete, traga a vasilha, são oito bolas de sorvete por um real”, essa é clássica, mas sempre surge uma nova, picolés, peixes, todo tipo de mercadoria pode vir agregada com criativos vendedores ambulantes de porta em porta com seus bordões criativos. 
"Pamonha, canjica e milho" é o novo bordão que tá na moda em CG
Nos últimos tempos temos nos deparados com duas dessas propagandas com passagens assíduas nas ruas de Campo Grande, o campo-grandense Maximino Eufrásio com seu “Natal cap, Mega oeste, Rede da sorte, jogo do bicho...!” e outro vendedor esse vindo do município de Paraú vendendo delícias a base de milho e eclodindo nas tardes de nossa cidade estridentes gritos de “pamonha, canjica e milho!”. Em tempos de tanto tempo dedicado ao facebook, boa pedida além de apostar na sorte e saborear uma pamonha é atentar-se para as riquezas culturais do nosso cotidiano. #IssoÉorgulhoDoSertão.

Pompílio Neto

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